A Entidade Valak
O demônio das víboras e senhor de 38 legiões
Segundo antigos registros ocultistas atribuídos ao Rei Salomão, VALAK é descrito como um dos mais poderosos demônios listados na Goétia, comandando exatamente 38 legiões infernais. Em grimórios antigos, ele também é chamado de Valic, Volac ou Ualac.
Durante a exibição do filme Invocação do Mal, muitas referências foram inseridas de forma sutil ao verdadeiro nome do demônio. Uma delas ocorre quando Lorraine Warren o chama de “Rei das Víboras” — título que realmente aparece nas escrituras antigas. Essas menções não são coincidência: elas fazem parte das descrições originais encontradas nos textos da Goétia.
VALAK é retratado como o 72º espírito mais forte do inferno, e um dos presidentes infernais mais respeitados. Ele é responsável por revelar lugares escondidos, encontrar tesouros ocultos e conduzir serpentes até o magista que o invocou.
De acordo com a tradição, para invocar uma entidade desse nível, é necessário um ritual minucioso, com proteção adequada e fórmulas específicas descritas nas Clavículas de Salomão. Qualquer falha pode resultar em consequências desastrosas, pois o demônio tende a testar a coragem e o controle espiritual do evocador.
“O 62º espírito é Valac, Volac, Valak, Ualac. É um presidente poderoso e grande, e aparece como uma criança com asas de anjo, montando um dragão de duas cabeças. Sua função é descobrir tesouros ocultos e revelar víboras e esconderijos de ofídios que trará até o magista, se desejado. Governa 38 legiões.”
Essa descrição, retirada de antigos manuscritos medievais, revela o contraste que torna VALAK uma figura tão perturbadora: uma aparência angelical, combinada com um poder devastador. Ele representa a dualidade entre a pureza e a corrupção — um símbolo de como o mal pode se disfarçar sob formas belas e aparentemente inofensivas.
Preparação do ambiente
- Escolha um local escuro e silencioso, preferencialmente durante a madrugada (entre 3h e 4h).
- Desenhe no chão o selo de Valak usando giz branco ou sal grosso. O selo deve estar perfeito, sem falhas nas linhas.
- Ao redor do selo, posicione 38 velas negras — uma para cada legião sob seu comando.
- Coloque no centro um recipiente com óleo e três gotas de sangue (do evocador), símbolo da oferenda e da conexão espiritual.
Iniciando o ritual
- Feche os olhos e concentre-se na respiração até atingir um estado de leve transe.
- Repita em voz baixa o nome de Valak sete vezes, pausadamente, até sentir uma mudança na energia do ambiente.
- Acenda as velas no sentido anti-horário, simbolizando a abertura dos portais do submundo.
- Recite a invocação tradicional conforme os antigos manuscritos:
“Oh, grande Valak, senhor das víboras e guardião dos segredos enterrados, eu te chamo nesta hora sombria, em nome do pacto selado pelas chamas. Mostra-te diante de mim, montado em teu dragão alado, e revela aquilo que está oculto sob a terra e nas sombras do coração.”
Durante a recitação, é dito que uma brisa fria percorrerá o ambiente, e a chama das velas tremulará de forma irregular. Caso isso aconteça, o portal foi aberto e a presença do espírito foi atraída.
Encerramento e proteção
- Jamais encerre o ritual abruptamente — agradeça pela presença da entidade e apague as velas na ordem inversa da acensão.
- Feche o círculo com sal e pronuncie a frase: “O portão se fecha, e o nome se cala.”
- Desfaça os símbolos somente ao amanhecer, nunca antes.
Valak é conhecido por testar a mente e a fé do evocador. Após o ritual, sonhos perturbadores ou visões podem ocorrer — interpreta-se isso como um sinal de que o contato foi estabelecido com sucesso. Contudo, é fortemente aconselhado não repetir o ritual sem necessidade, pois cada invocação abre uma nova ligação espiritual difícil de romper.
Referências: