Cultivando Demônios
Uma jornada pelos campos internos de pureza e escuridão
Escrito por Arthur Alvarenga
Uso meu indicador e meu polegar de ambas mãos,
empurro minha mandíbula inferior para baixo.
Agora, tu és capaz de ver como sou internamente.
Campos floridos iluminados pela luz do dia,
luz solar, borboletas, nuvens chovem completa alegria.
Sorriso grande, de orelha à orelha,
Olhos brilhantes,
Essa era a parte mais pura de mim, estava alcançando os montes.
Olho em volta, corro um pouco, estava quente,
o sol cora minhas bochechas, os grãos de areia eram facilmente empurrados pelos meus pés.
O som dos pássaros cantando uns para os outros ecoa em meus ouvidos como um poema recém escrito de um bom e velho escritor.
Eu sinto, isso mesmo, era o amor.
Caminho mais um pouco, atravesso o vale da pureza,
Nuvens carregadas, rios com águas rasas e insignificantes.
Peixes alaranjados tinham todo o contraste no meio do cinza, transmitiam esperança.
O céu era o tom mais cinza que já vi, árvores cercavam todo o lugar, aquilo era a tristeza?
Plumas enxarcadas pesam o vento, gotas atingem minha face, frias.
Caminho lentamente, há uma pequena nuvem negra,
balançava lentamente, tecidos negros, fios de seda.
Me aproximo, curiosa
Caverna escura, tenebrosa.
Meus dedos alcançam a fumaça,
Mas antes que eu desfaça...
A fumaça dança em volta de meu corpo e sobe aos céus,
O céu que um dia fora azul, afunda em uma eterna escuridão.
Sinto que alguém, no escuro da floresta, me olha cuidadosamente
Suas mãos me seguram e me ergue em direção ao céu vermelho sangue, vejo seu sorriso cintilante.
A criatura olha para mim,
Eu olho para a criatura,
Enxergo à mim, a mais pura, criatura viajante
De todos os lugares bonitos que passei,
Elitismo, arrogância, dúvida de si mesmo.
Nuvens que chovia alegria agora chovem desespero,
O sol quente, se transformara em uma lua gélida,
os peixes laranjas que carregavam esperança, eram o último tempero.
Sou cuspida para fora, cambaleante,
o que eu acabara de ver era eu? Realmente?
Está presente em cada um de nós,
você realmente quer desatar o nó?